DJ Aardvarck
O DJ que trocou a vida nocturna por uma vida mais tranquila
A maioria das pessoas conhece o Mike Kivits sobretudo como o lendário DJ e produtor Aardvarck, um dos fundadores da actual dança alternativa em Amsterdão. Abandonou a Holanda há dez anos, passando por Bali, e acabando em Portugal.
Agora reside neste país de forma permanente, no início numa tenda, agora numa caravana. Há três anos que vive sem electricidade. “Vivo e trabalho em silêncio. Além disso, não tenho absolutamente nada. Mesmo assim, a minha vida está cada vez mais rica.”
"Vivo e trabalho em silêncio. Além disso, não tenho absolutamente nada. Mesmo assim, a minha vida está cada vez mais rica."
"O que é belo ou feio? O que é uma coisa? As respostas são diferentes em todo o lado."
"Quero dar às pessoas uma experiência individual com a natureza. Conheço tanta gente urbana que precisa disso."
"Para mim é uma questão de estar mais próximo de mim próprio e da natureza, porque só nos encontramos quando não fazemos absolutamente nada."
"Medicamentos, meditação, deitem tudo fora! É tão simples quanto isso. Se conseguirem largar tudo, essa é a liberdade suprema."
Em primeiro lugar: porquê ser tão radical? “A certa altura, eu estava completamente acabado. Bani tudo aquilo que me distraía da minha vida. Nada de media, nada de livros, nem sequer uma casa. Absolutamente nada, só eu ao ar livre. Foi assim que a minha mente começou a libertar-se. Comecei a escrever, coisa que nunca tinha feito, e perdi-me nos meus pensamentos. O facto que só agora estou a escrever pela primeira vez faz-me olhar para as palavras como um bebé. É inspirador e confuso. Escrevo numa espécie de estenografia, utilizando apenas palavras chave. Vejo as palavras como degraus: começo num lugar e dou um passo para outra coisa. Isso está muito claro para mim, mas as outras pessoas não entendem.”
Qual foi a sua maior revelação a viver assim? “Se residirmos fora da nossa própria sociedade e olharmos para esse ambiente à distância, então podemos ver esse mundo como uma espécie de vácuo de informação. Essa vida nesse espaço é tão estranha. Existem apenas normas, leis e regras. Mas eu comecei a questionar o que é exactamente essa norma? O que é belo ou feio? O que é uma coisa? As respostas são diferentes em todo o lado.”
Como se sobrevive fora da sociedade? “Quando cheguei aqui como um macaco urbano cinquentão, não sabia mesmo nada sobre a agricultura. Felizmente, a família com quem vivo há dois anos sabe tudo. O homem nasceu num kibutz, por isso tem imensos conhecimentos. Seja sobre o cultivo de legumes, a apicultura, como encontrar fontes de água ou outro ofício. Observo-os e aprendo todos os dias reparando naquilo que fazem. Também querem dar workshops aqui.”
E o que quer fazer aqui? “Vivo num terreno que comprei há um ano com essa família. O meu plano é construir aqui uma cabana desenhada apenas para uma pessoa. Quero dar às pessoas uma experiência individual com a natureza. Conheço tanta gente urbana que precisa disso. Essa ideia já está a tomar forma.”
Porque acha tão importante proporcionar essa experiência? “Durante 20 anos sofri cronicamente de depressão maníaca. A certa altura, e por várias razões, tive que abandonar a Holanda. Fui para Bali e as minhas queixas mentais desapareceram. Simplesmente alterando coisas primárias. Prefiro não procurar paz na esfera espiritual ou em ideias sobre a iluminação. Eu sou um macaco; vejo as coisas de uma forma sóbria e simples. Para mim é uma questão de estar mais próximo de mim próprio e da natureza, porque só nos encontramos quando não fazemos absolutamente nada. Não é preciso ler livros sobre isso e todos podem aplicá-lo às suas vidas. Quero partilhar essa experiência com as pessoas.”
Existem também muitas pessoas que leem livros de autoajuda para se sentirem melhores… “A espiritualidade tornou-se uma coisa de marketing. Se deixarmos a humanidade melhorar, na minha opinião não devemos ficar presos a um modelo de negócio. Aquilo que esquecemos é que todos temos acesso directo a essa informação. É por isso que digo: dar poder ao povo!”
O que gostaria de dizer às pessoas que também querem viver fora da sociedade? “Medicamentos, meditação, deitem tudo fora! É tão simples quanto isso. Se conseguirem largar tudo, essa é a liberdade suprema. Entendo que seja mais difícil se têm uma casa, um emprego e filhos, mas na teoria, todos podem fazê-lo. Cada pessoa tem a capacidade para fazer essa escolha. Em princípio, somos livres. Eu fui obrigado a libertar-me. É emocionante e assustador, mas não morremos se abandonarmos esses luxos. Recebemos algo maior em troca.”
A maioria das pessoas conhece o Mike Kivits sobretudo como o lendário DJ e produtor Aardvarck, um dos fundadores da actual dança alternativa em Amsterdão. Abandonou a Holanda há dez anos, passando por Bali, e acabando em Portugal.
Agora reside neste país de forma permanente, no início numa tenda, agora numa caravana. Há três anos que vive sem electricidade. “Vivo e trabalho em silêncio. Além disso, não tenho absolutamente nada. Mesmo assim, a minha vida está cada vez mais rica.”
"Vivo e trabalho em silêncio. Além disso, não tenho absolutamente nada. Mesmo assim, a minha vida está cada vez mais rica."
"O que é belo ou feio? O que é uma coisa? As respostas são diferentes em todo o lado."
"Quero dar às pessoas uma experiência individual com a natureza. Conheço tanta gente urbana que precisa disso."
"Para mim é uma questão de estar mais próximo de mim próprio e da natureza, porque só nos encontramos quando não fazemos absolutamente nada."
"Medicamentos, meditação, deitem tudo fora! É tão simples quanto isso. Se conseguirem largar tudo, essa é a liberdade suprema."
Em primeiro lugar: porquê ser tão radical? “A certa altura, eu estava completamente acabado. Bani tudo aquilo que me distraía da minha vida. Nada de media, nada de livros, nem sequer uma casa. Absolutamente nada, só eu ao ar livre. Foi assim que a minha mente começou a libertar-se. Comecei a escrever, coisa que nunca tinha feito, e perdi-me nos meus pensamentos. O facto que só agora estou a escrever pela primeira vez faz-me olhar para as palavras como um bebé. É inspirador e confuso. Escrevo numa espécie de estenografia, utilizando apenas palavras chave. Vejo as palavras como degraus: começo num lugar e dou um passo para outra coisa. Isso está muito claro para mim, mas as outras pessoas não entendem.”
Qual foi a sua maior revelação a viver assim? “Se residirmos fora da nossa própria sociedade e olharmos para esse ambiente à distância, então podemos ver esse mundo como uma espécie de vácuo de informação. Essa vida nesse espaço é tão estranha. Existem apenas normas, leis e regras. Mas eu comecei a questionar o que é exactamente essa norma? O que é belo ou feio? O que é uma coisa? As respostas são diferentes em todo o lado.”
Como se sobrevive fora da sociedade? “Quando cheguei aqui como um macaco urbano cinquentão, não sabia mesmo nada sobre a agricultura. Felizmente, a família com quem vivo há dois anos sabe tudo. O homem nasceu num kibutz, por isso tem imensos conhecimentos. Seja sobre o cultivo de legumes, a apicultura, como encontrar fontes de água ou outro ofício. Observo-os e aprendo todos os dias reparando naquilo que fazem. Também querem dar workshops aqui.”
E o que quer fazer aqui? “Vivo num terreno que comprei há um ano com essa família. O meu plano é construir aqui uma cabana desenhada apenas para uma pessoa. Quero dar às pessoas uma experiência individual com a natureza. Conheço tanta gente urbana que precisa disso. Essa ideia já está a tomar forma.”
Porque acha tão importante proporcionar essa experiência? “Durante 20 anos sofri cronicamente de depressão maníaca. A certa altura, e por várias razões, tive que abandonar a Holanda. Fui para Bali e as minhas queixas mentais desapareceram. Simplesmente alterando coisas primárias. Prefiro não procurar paz na esfera espiritual ou em ideias sobre a iluminação. Eu sou um macaco; vejo as coisas de uma forma sóbria e simples. Para mim é uma questão de estar mais próximo de mim próprio e da natureza, porque só nos encontramos quando não fazemos absolutamente nada. Não é preciso ler livros sobre isso e todos podem aplicá-lo às suas vidas. Quero partilhar essa experiência com as pessoas.”
Existem também muitas pessoas que leem livros de autoajuda para se sentirem melhores… “A espiritualidade tornou-se uma coisa de marketing. Se deixarmos a humanidade melhorar, na minha opinião não devemos ficar presos a um modelo de negócio. Aquilo que esquecemos é que todos temos acesso directo a essa informação. É por isso que digo: dar poder ao povo!”
O que gostaria de dizer às pessoas que também querem viver fora da sociedade? “Medicamentos, meditação, deitem tudo fora! É tão simples quanto isso. Se conseguirem largar tudo, essa é a liberdade suprema. Entendo que seja mais difícil se têm uma casa, um emprego e filhos, mas na teoria, todos podem fazê-lo. Cada pessoa tem a capacidade para fazer essa escolha. Em princípio, somos livres. Eu fui obrigado a libertar-me. É emocionante e assustador, mas não morremos se abandonarmos esses luxos. Recebemos algo maior em troca.”
DJ Aardvarck
O DJ que trocou a vida nocturna por uma vida mais tranquila
A maioria das pessoas conhece o Mike Kivits sobretudo como o lendário DJ e produtor Aardvarck, um dos fundadores da actual dança alternativa em Amsterdão. Abandonou a Holanda há dez anos, passando por Bali, e acabando em Portugal.
Agora reside neste país de forma permanente, no início numa tenda, agora numa caravana. Há três anos que vive sem electricidade. “Vivo e trabalho em silêncio. Além disso, não tenho absolutamente nada. Mesmo assim, a minha vida está cada vez mais rica.”
"Vivo e trabalho em silêncio. Além disso, não tenho absolutamente nada. Mesmo assim, a minha vida está cada vez mais rica."
"O que é belo ou feio? O que é uma coisa? As respostas são diferentes em todo o lado."
"Quero dar às pessoas uma experiência individual com a natureza. Conheço tanta gente urbana que precisa disso."
"Para mim é uma questão de estar mais próximo de mim próprio e da natureza, porque só nos encontramos quando não fazemos absolutamente nada."
"Medicamentos, meditação, deitem tudo fora! É tão simples quanto isso. Se conseguirem largar tudo, essa é a liberdade suprema."
Em primeiro lugar: porquê ser tão radical? “A certa altura, eu estava completamente acabado. Bani tudo aquilo que me distraía da minha vida. Nada de media, nada de livros, nem sequer uma casa. Absolutamente nada, só eu ao ar livre. Foi assim que a minha mente começou a libertar-se. Comecei a escrever, coisa que nunca tinha feito, e perdi-me nos meus pensamentos. O facto que só agora estou a escrever pela primeira vez faz-me olhar para as palavras como um bebé. É inspirador e confuso. Escrevo numa espécie de estenografia, utilizando apenas palavras chave. Vejo as palavras como degraus: começo num lugar e dou um passo para outra coisa. Isso está muito claro para mim, mas as outras pessoas não entendem.”
Qual foi a sua maior revelação a viver assim? “Se residirmos fora da nossa própria sociedade e olharmos para esse ambiente à distância, então podemos ver esse mundo como uma espécie de vácuo de informação. Essa vida nesse espaço é tão estranha. Existem apenas normas, leis e regras. Mas eu comecei a questionar o que é exactamente essa norma? O que é belo ou feio? O que é uma coisa? As respostas são diferentes em todo o lado.”
Como se sobrevive fora da sociedade? “Quando cheguei aqui como um macaco urbano cinquentão, não sabia mesmo nada sobre a agricultura. Felizmente, a família com quem vivo há dois anos sabe tudo. O homem nasceu num kibutz, por isso tem imensos conhecimentos. Seja sobre o cultivo de legumes, a apicultura, como encontrar fontes de água ou outro ofício. Observo-os e aprendo todos os dias reparando naquilo que fazem. Também querem dar workshops aqui.”
E o que quer fazer aqui? “Vivo num terreno que comprei há um ano com essa família. O meu plano é construir aqui uma cabana desenhada apenas para uma pessoa. Quero dar às pessoas uma experiência individual com a natureza. Conheço tanta gente urbana que precisa disso. Essa ideia já está a tomar forma.”